Fala meu amigo (a) do MR Notícias, como vai ? Espero que tudo bem ! Partiu mais uma dica de filme ??? Antes de mais nada, bom dia, boa tarde, boa noite… Boa madrugada (?) !
Nesta sexta-feira (29) na coluna ‘Cinemaníaco’, venho com um filme de 2024, baita sucesso de público e crítica especializada. Agradou demais youtubers e quem assistiu, deu muito bom nas bilheterias, mas (tem que ter um ‘mas’ né ?), eu, pessoalmente, tenho muitas ressalvas e já viso: se tem estômago fraco, aborta a missão, que não é para você. E como sempre, sem spoilers !!!
Assisti ‘A Substância’ (‘The Substance’, no original em inglês), disponível para quem assina o canal extra do ‘Prime Video’, o ‘Mubi’ (consulte valores). Sinceramente relutei para escrever sobre essa obra. Confesso que quase deixei passar.
Mas cheguei à conclusão de que a mensagem que ela transmite ainda vale a pena, apesar de eu notar vários problemas. O filme ataca – com muita força – o Etarismo, que é o preconceito, intolerância ou discriminação contra pessoas ou grupos com base na idade, bate forte nos modelos impostos pela indústria da beleza e alerta de forma gigante para o abuso de drogas e qualquer outra ‘substância’ química. Essa é a parte boa, que faz valer você assistir. Vale destacar as fantásticas atuações de Demi Moore, que interpreta ‘Elisabeth Sparkle’, e de Margaret Qualley, como ‘Sue’.
Porém, infelizmente, é uma produção que perdeu a chance de se tornar inesquecível para sempre, um clássico de todos os tempos. Pois preferiu rir de si mesma e a galhofa (especialmente no final) em algo que é sério (e é até tratado com seriedade em boa parte dos 140 minutos de tela) demais. E fez questão de tornar-se apenas mais um no gigante escalão de filmes de terror nem tão lembrados.
Mas é bom?
No roteiro que mistura terror com muito, mas muito terror psicológico, conhecemos a personagem estrela de TV, ‘Elisabeth Sparkle’. Ela é demitida porque ficou ‘velha’ (segundo o chefe dela) para comandar o programa de fitness que tem na emissora.
Com isso, embarca numa agonia e crise existencial, que a faz apelar para uma droga experimental, e provavelmente ilegal (não fica claro no roteiro), que cria um outro ‘eu’ de cada pessoa, mais jovem e bonito. Só que ela passa abusar da substância e desobedecer as regras, fazendo com que a própria vida se torne um inferno sem fim.
É bom. Mas olha, derrapa em muitos aspectos. Antes de criticar, vale escrever que claramente é tudo (isso mesmo, tudo!) de propósito e o próprio filme não se leva a sério. E faz questão de deixar claro isso já nos primeiros minutos, apesar de, como mencionei, ter um assunto central seríssimo e uma crítica muito forte.
Dito isso, o longa é irreal ao extremo, tem um exagero sem tamanho nas cenas gore, um banho – literalmente – de sangue, partes do corpo caindo, feridas horríveis, infecções, vômitos e o que é pior, ao menos para mim: enormes facilidades de roteiro.
Coisas impossíveis de acontecer, mesmo na vida real. Olha, são tantas situações jogadas na tela sem pé nem cabeça e com zero explicação (tipo, coloca lá e pronto, se alguém perceber, percebeu), que daria para fazer um texto só sobre essas facilidades de roteiro.
Notas*
No ‘Rotten Tomatoes’ o filme é tomate lindaço de fresco: 90% de aprovação dos especialistas e ótimo para o público: 75%. No exigente ‘Metacritic’, ótimas notas: Metascore 78 de 100 para os críticos e um sensacional 7.4 de 10 de nota das pessoas.
Já no ‘IMDb’ a avaliação é a mesma do anterior, com muito bons 7,4 de 10 das pessoas e Metascore bacana de 78 de 100 dos ‘sabidos’. Finalmente, no ‘Google’, 75% doas pessoas que assistiram disseram gostaram do longa. Minha nota é uma média: 10 para intenção, crítica e atuações e 0 para o desenvolvimento, a galhofa e o exagero. Ou seja, nota 5 de 10.
* Os números mudam a todo instante conforme novas avaliações são incluídas em cada site. As notas apresentadas aqui são as referentes ao horário em que a coluna foi postada.
Informação
Além das excelentes avaliações, ‘A Substância’ emplacou muito bem nas bilheterias. Produzido com um orçamento de US$ 17,5 milhões, considerado baixo para os padrões hollywoodianos, arrecadou assombrosos quase US$ 70 milhões mundialmente, o que é muita coisa para o gênero terror. Só no Brasil, levou mais de 200 mil pessoas às salas de cinema.
Além disso, foi premiado como o melhor roteiro do último Festival de Cannes, na França, um dos mais prestigiados eventos desse tipo em todo o mundo.
Bora lá então ! Pegue a pipoquinha, o refri, aquele docinho, play no ‘Mubi’/’Prime Vídeo’, assista e divirta-se !!! Ótimo filme !!! Espero que você que leu até aqui tenha curtido a dica. Lhe desejo um ótimo programa e um fim de semana maravilhoso. Abração !
Rafael Rossi – jornalista