A prefeitura de Monte Aprazível realizou na última quarta-feira (16) a audiência pública para apresentar a população e depois, enviar para a Câmara, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026.
De acordo com a projeção da equipe econômica do prefeito João Roberto Camargo (PROGRESSISTA), a prefeitura terá no próximo ano um orçamento de R$ 142,5 milhões, um aumento de 5,13% em relação aos R$ 136,5 milhões estimados para 2025. Deste orçamento projetado, a Câmara terá direito cerca de R$ 4,398 milhões para manutenção da casa como salário de servidores e subsídios dos vereadores.
Para os próximos anos, a LDO projeta um orçamento de R$ 148,2 milhões em 2027, R$ 153,8 milhões em 2028 e R$ 159,9 milhões em 2029.
Fatias
As pastas da saúde e educação ficam com a maior parte do orçamento da Prefeitura: Saúde, R$ 40,6 milhões; Educação, R$ 42,4 milhões e Cultura, R$ 3,1 milhões.
Emendas
Os recursos para as emendas impositivas que os vereadores têm direito de indicarem ao orçamento municipal, cerca de R$ 2,8 milhões, sairão da reserva de contingência do orçamento, estimada em R$ 6 milhões. Segundo um técnico da área de finanças da prefeitura, este valor poderá ser reduzido antes da LDO ir para a Câmara.
Nos primeiros anos de vigência das emendas impositivas, os vereadores alteravam o orçamento da prefeitura, bagunçando as projeções de todas as pastas feitas pelos técnicos. Nos próximos anos, os vereadores irão propor suas emendas e os recursos sairão desta reserva, não alterando o que foi projetado pelos prefeitos.
Dia do trabalho
Na sua tradicional live da semana, Camargo disse que estuda com sua equipe uma festa para os servidores municipais. Uma das ideias e fazer um show ou então entregar mimos para os 710 servidores
Juninão
Falando em show, estão no radar de contratações para o Juninão deste ano as duplas Gilberto & Gilmar, Victor & Mateus, Grupo Tradição e o projeto Buteco dos 5, além de shows de bandas e grupos locais, antes e depois dos shows principais.
APAE I
O vice-prefeito Ailto Faria (PROGRESSISTAS) foi para as redes sociais na última quinta-feira (17) para falar da liberação de recursos para a compra de uma Van pela APAE de Monte Aprazível. O vídeo é uma resposta a uma publicação da própria APAE comemorando a chegada do veículo comprado com os recursos liberados pelo deputado Valdomiro Lopes, mas que não menciona (ou agradece) o pedido feito por Ailto e outros políticos.
APAE II
Ailto quando ainda era vereador, visitou a APAE e o Lar Vicentino com o deputado Valdomiro Lopes, o ex-prefeito Mauro Pascoalão, os ainda vereadores Tiago Demonico, Alexandre Faria e o agora vereador Márcio Troiano. O vice-prefeito resgata trechos de vídeos publicados à época da visita solicitando os recursos, agora liberados.
Longa data
Nas entrelinhas, o texto da APAE, hoje presidido pelo ex-vereador Gilberto dos Santos, e o vídeo de Ailto transparecem algo mais. Não é de hoje que ambos se estranham. A história é longa, mas começou em 2017, logo após a cassação do ex-prefeito Nelson Montoro, teve outros episódios e azedou de vez após Gilberto assumir a presidência da APAE.
A César
O importante nisso tudo é que a APAE ganhou um veículo e será bem utilizado, mas, seria de bom tom a entidade dar “a César o que é de César”. Na semana passada, quando o Governo do Estado de São Paulo liberou recursos para recapear a estrada vicinal Angêlo Pivaro, no trecho que começa na represa, Camargo fez questão de dizer o que o pedido de recursos foi feito em 2022 pelo então prefeito Márcio Miguel (PSD). Simples assim.
Novidade zero
Na administração pública acontece muito isso: um prefeito pede recursos em seu mandato e o mandatário seguinte que acaba iniciando, recebendo ou inaugurando a obra. No final do mandato do ex-prefeito Luiz Carlos Canheo, em 2004, o governador da época, Geraldo Alckmin, liberou recursos para construção do pontilhão, hoje batizado de Fabrício Amadeu Stochi, que fica na entrada da cidade. Na placa de inauguração, consta o nome de Wanderley Sant’Anna.
Detalhe:
O repasse de recursos dos governos para prefeituras ou de prefeituras para entidades, não são um presente ou algo do tipo. É o estado investindo o que é arrecadado com o imposto que você paga na compra de um picolé ou de um carro.
