A Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo lançou uma ferramenta online para a localização e identificação dos 220 pontos de atendimento soroterápico para vítimas de escorpião, aranha, serpente e lagartas.
Um mapa interativo fornece as informações necessárias para buscar ajuda em emergências, sobretudo no período quente e chuvoso, época em que esse tipo de acidente mais acontece.
Segundo o mapa (clique aqui para acessar o mapa) divulgado pela secretaria, Monte Aprazível não possuiu local para atendimento de vítimas de picadas de cobras e escorpiões. As cidades mais próximas, segundo o mapa, são Tanabi, José Bonifácio e Rio Preto.
O provedor da Santa Casa de Monte Aprazível Cesar Domingues estranhou ver a cidade de fora do mapa, já que em 2022, com a ajuda de empresários da cidade foi comprada uma câmara fria no valor de R$ 11 mil para armazenar as vacinas e que hoje o município possui somente soro contra picadas de escorpiões.
“Temos hoje no estoque soro de escorpião. Já o soro de cobra, desde quando adquiríamos a câmara, mandamos a documentação para o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e não recebemos. A informação é de que o soro contra a picada de cobra está em falta em toda a região. Estamos aguardando o envio”, disse Cesar.
Cesar disse que questionou o CVE pelo fato de Monte Aprazível não constar no mapa da secretaria de Saúde. O provedor afirmou que a Santa Casa está cadastrada, mas que, por alguma falha, a cidade não aparece no mapa virtual.
“Segundo o CVE, no registro interno consta que a cidade é referência. Eles disseram que o mapa será atualizado. Estamos cobrando o envio de soro contra picada de cobras”, disse.
A região de Rio Preto é a segunda do estado com mais registros de vítimas de picadas de animais peçonhentos com 6.753 registros. Araçatuba, em primeiro, teve 7.340 casos e Ribeirão Preto, em terceiro, com 4.174 casos.
A cada hora, em média, oito pessoas foram picadas por cobras, escorpiões e lagartas em todo estado de São Paulo no ano passado. Os dados são do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), que contabilizou 70.800 acidentes notificados com animais peçonhentos, além de 23 óbitos. Desse total de acidentes, 444 ocorreram na capital.
Além de facilitar a localização dos pontos de distribuição de soro, o mapa interativo visa diminuir o tempo entre o acidente e o tratamento, possibilitando que a vítima seja levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo e receba o tratamento adequado em um menor espaço de tempo.
Orientações para prevenir os acidentes
- Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
- Examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
- Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;
- Não acumular entulho e materiais de construção;
- Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
- Vedar ralos, frestas e buracos em muros, paredes, assoalhos, forros e rodapés;
- Evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada;
No amanhecer e no entardecer evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade;
Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local para a remoção.
O que fazer em caso de acidente
- Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento adequado em tempo;
- Lavar o local da picada com água e sabão;
- Não fazer torniquete ou garrote;
- Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida;
- Não aplicar folhas, pó de café ou terra (pode provocar infecções);
- Não ingerir bebida alcoólica, querosene ou fumo, como é costume em algumas regiões do país;
- Se não oferecer risco, acondicionar o animal em frasco tampado ou fotografá-lo para facilitar a identificação e tratamento adequado.