A demência é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a demência frontotemporal (DFT) uma forma menos comum, mas significativa. Esta condição, caracterizada pela degeneração progressiva dos lobos frontais e temporais do cérebro, tem impacto direto no comportamento, personalidade e linguagem das pessoas afetadas.
Recentemente, duas figuras públicas notáveis, o renomado ator Bruce Willis e o respeitado jornalista Mauricio Kubrusly, compartilharam publicamente suas batalhas com a demência frontotemporal, destacando a importância de aumentar a conscientização sobre esta condição.
A demência frontotemporal se manifesta de maneira única, frequentemente começando com alterações no comportamento e na personalidade. Indivíduos afetados podem experimentar perda de empatia, comportamento impulsivo, falta de juízo social e dificuldades de concentração. À medida que a doença progride, podem ocorrer problemas de linguagem, incluindo dificuldades na fala e na compreensão.
O ator Bruce Willis, conhecido por suas performances memoráveis em filmes ao longo de décadas, e o jornalista Mauricio Kubrusly, que contribuiu significativamente para o jornalismo brasileiro, destacam a diversidade de pessoas afetadas por essa condição, independentemente de suas realizações na vida.
Embora não haja cura para a demência frontotemporal, o diagnóstico precoce e o gerenciamento adequado dos sintomas são cruciais. A detecção precoce permite que as pessoas afetadas e suas famílias recebam o suporte necessário para lidar com os desafios que surgem com a progressão da doença.
A geriatria desempenha um papel crucial na compreensão, tratamento e acompanhamento na demência frontotemporal, desde o diagnóstico. Geriatras estão aptos a gerenciar abordagens terapêuticas, e suporte tanto para os pacientes quanto para os cuidadores e familiares.
Ao reconhecer as experiências de figuras públicas como Bruce Willis e Mauricio Kubrusly, podemos inspirar um diálogo mais amplo sobre a demência frontotemporal e a importância de abordagens compreensivas e compassivas no cuidado dessa condição. A conscientização pública é um passo vital para superar os estigmas associados à demência e promover uma sociedade mais informada e solidária em relação a essas questões complexas de saúde mental.
Liha Bogaz
Geriatra
