Depois dos resultados das urnas do último domingo (30), um dia depois, manifestações se iniciaram em todo o Brasil. Estradas começaram ser fechadas pelos organizadores por não concordarem com a vitória do ex-presidente Lula com 50,9 % dos votos.
Em algumas cidades, no início dos fechamentos, nenhum veículo passava, mas depois, como aqui em Monte Aprazível (SP), carros, veículos com passageiros, ambulâncias e cargas perecíveis e essenciais tiveram a passagem liberada.
Até a manhã desta quarta-feira (2), cerca de 100 caminhões estavam parados nos dois bloqueios na rodovia Feliciano Sales Cunha, no trecho de Monte Aprazível.
Com motoristas de várias parte do Brasil parados, os organizadores se preocuparam em oferecer assistência a estes trabalhadores.
Empresários, supermercados, restaurantes e a população em geral de toda a cidade se mobilizaram para oferecer café da manhã, lanches, almoço e jantar.
A todo momento, chegavam caixas com marmitas, água, frutas e até remédios.
Paralelo a essa movimentação, grupos se formaram para preparar marmitas para oferecer aos caminhoneiros parados na rodovia.
Mensagens pelo WhattsApp se espalharam rapidamente pedindo colaborações via PIX.
As irmãs Keity e Rosangela Renesto se uniram e outras pessoas abraçaram a ideia. No primeiro dia perguntaram a algumas pessoas que estavam organizado as doações aos caminhoneiros e, em um primeiro momento, não precisariam, ainda.
Mas à medida que o tempo foi passando e no dia seguinte, pediram auxílio para café da manhã.
“Minha mãe e minha tia conversaram e se uniram para preparar marmitas. Com isso, envie mensagens para amigos pedindo ajuda com alimentos ou PIX. Foi um sucesso e muita ajudou. Conseguimos fazer almoço e janta”, disse Mariana Renesto.
Entre almoço e jantar, foram feitas cerca de 200 marmitas nesta terça-feira.
Para esta quarta-feira, o grupo já se conseguiu doações para o café da manhã e para o almoço.
“Nós só temos a agradecer a classe (de caminhoneiros) que só consegue unir todos os brasileiros. Já que eles estão lá pela gente, então temos que fazer alguma coisa para ajudar”, disse Mariana.