A agência do banco Santander de Monte Aprazível fechará suas portas no dia 22 de abril. Em ofício enviado ao prefeito João Roberto Camargo na semana passada, a instituição financeira comunicou oficialmente que encerrará suas atividades no município.
Até a publicação desta reportagem, o banco não havia informado os motivos do fechamento; como os clientes poderão ser atendidos de forma presencial e a quantidade de correntistas atingidos. O MR Notícias entrou em contato com a assessoria do banco na manhã deste domingo (23), que até o momento não se pronunciou. Caso o banco se manifeste, a reportagem será atualizada.
Especialistas ouvidos pelo MR Notícias estimam, na condição de anonimato, que o banco teria cerca de 4 mil clientes na cidade. O prefeito João Roberto Camargo disse ao MR Notícias que lamenta a decisão do banco, pois deixará de atender os correntistas e também movimentar a economia da cidade.
Em 2019, o Santander venceu a concorrência para gerenciar a folha de pagamento dos mais de 800 funcionários da prefeitura, oferecendo a quantia de R$ 1.262.000,00 (um milhão e duzentos e sessenta e dois mil reais), com um ágio de 210% sobre o valor de referência, que era de R$ 600 mil.
No passado, em uma nova concorrência, a Caixa Econômica Federal venceu a disputa pagando R$ 995 mil a Prefeitura para gerenciar o serviço.
A compra do gerenciamento da folha era um grande ativo do banco, que tinha em sua carteira de clientes os servidores da prefeitura, que além de receberem seus salários, contratavam seguros, empréstimos e outros produtos do banco.
O Banco
Santander Brasil é o terceiro maior banco privado do mercado nacional com mais de 31 milhões de clientes. Atua com foco no varejo, mas possui forte integração com o atacado.
Fundado na Espanha em 1857, o Santander chegou ao Brasil cem anos depois por meio de contrato operacional com o Banco Intercontinental do Brasil S.A. O primeiro escritório de representação no país foi aberto em 1970. A primeira agência veio em 1982.
Em novembro de 2000, o Grupo Santander comprou o Banespa, que era controlado pelo governo do Estado de São Paulo.
