A conversa entre o prefeito Marcio Miguel (PSDB) e o presidente da Câmara Alexandre Faria (PP), o Migalha, começa a dar frutos. Na última sexta-feira (18) prefeito concedeu entrevista à Rádio Difusora Aparecida e saiu pela tangente quando questionado sobre uma declaração do vereador Tiago Demonico que pediu para trocar alguns assessores pelas gestoras da assistência social do município. E em outros tempos, Marcio teria respondido de outra forma e criado mais polêmicas.
Não são eles
O prefeito tirou a responsabilidade destes poucos assessores e justificou que as falhas são provocadas pela falta de funcionários.
“Recebo toda e qualquer crítica construtiva da melhor maneira possível. Sou autocrítico da minha administração e não gosto de reclamar dos problemas e procuro soluções. Assessores assessoram o prefeito, e quem executa efetivamente são os funcionários e nós não temos funcionários suficientes. Estamos terceirizando alguns setores da prefeitura e gostaria de abrir processo seletivo, mas não posso. Temos 7 funcionários para fazer limpeza do município e distritos, para atender as estradas rurais, tapa-buracos, roçadas e estradas municipais”, disse o prefeito.
“A população não entende como funciona a administração pública. Temos que fazer o que a lei permite e não o que a gente quer. Seu eu fosse fazer tudo que eu quero, a cidade estaria diferente”, ressaltou Marcio.
Salários
O prefeito disse que deve enviar em breve projeto de lei que revisão nos salários dos servidores e dos professores. No caso dos professores, o aumento será de 33,24%, devido ao piso nacional da categoria, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Marcio disse que o piso nacional de professores e outras categoriais privilegia alguns grupos de servidores em detrimento dos outros. “Todos são merecedores, deveriam ganhar muito mais. Porém, a partir do momento que vem uma norma dessa (de se aumentar o piso), sem previsão orçamentária e sem o município estar preparado, você começa a prestigiar duas ou três categorias e restante dos servidores acaba prejudicado”, disse Marcio.
O prefeito classificou como ingerência do governo federal aumentar o piso nacional dos professores sem que tem previsão nos orçamentos das Prefeituras. “Se eu estou preparando um aumento inflacionário ou tenho recurso para dar a inflação e 5% de aumento real, eu não consigo dar em detrimento desta ingerência do Governo Federal”, disse o prefeito.
Me inclua fora
Um ex-vereador, que concorreu as eleições de 2020 e não se reelegeu, foi convidado pelo prefeito Marcio Miguel para compor o quadro de assessores. Declinou do convite e motivo: salário, considerado baixo, cerca de R$ 2 mil.
Hoje o gasto com funcionalismo da prefeitura está em torno de 44% do orçamento e com isso, o prefeito deve enviar, em breve, projeto de lei para mudar algumas referências salariais, como a deste ex-futuro assessor e outros cargos que têm salários considerados baixos, se comparados com alguns do primeiro escalão que podem chegar a R$ 9 mil.
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