A presidente seccional São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, Patrícia Vanzolini, visitou a subseção da OAB de Monte Aprazível nesta sexta-feira (09). Ela está percorrendo as subseções da OAB no estado.
Patrícia foi recepcionada pela Presidente da OAB Monte Aprazível, Audria Trídico e por dezenas de advogados da cidade e da e região.
Ela passou pelas cidades de Santa Fé do Sul, Ilha Solteira, Auriflama, General Salgado, Nhandeara, Monte Aprazível e Mirassol. Segundo Patrícia, o objetivo das visitas é conhecer a estrutura de cada subseção para avaliar a realidade local e como o judiciário está atendendo a população.
“Estamos vendo como está a infraestrutura, o que está faltando, o que pode melhorar, quais são as necessidades da advocacia local e também estar perto da advocacia, para estabelecer este compromisso de uma luta comum e de união com a classe”, disse Patrícia.
Patrícia Vanzolini, foi eleita em novembro do ano passado presidente da seccional São Paulo da OAB para o mandato de três anos (2022-2024).
Advogada criminalista, Patrícia é a primeira mulher a presidir a OAB no Estado de São Paulo. Ela acredita que após ela, outras mulheres poderão assumir o cargo.
“É muito emocionante, pois esta quebra de paradigmas é a abertura de uma pequena porta onde que passarão muitas mulheres. Mulheres com dedicação e competência para isso, não faltam. Espero que eu seja a primeira de muitas e espero inspirar as jovens advogadas, que hoje são 51% dos inscritos na Ordem”, disse Patrícia.
No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal cumprisse mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários que compartilharam mensagens em um grupo de mensagens virtuais.
Além das buscas, Alexandre de Moraes também determinou bloqueio das contas bancárias dos empresários; bloqueio das contas dos empresários nas redes sociais; tomada de depoimentos; quebra de sigilo bancário.
A presidente da seccional da OAB foi questionada por um advogado sobre o ativismo judicial e e quebra das prerrogativas dos advogados em terem acesso aos autos deste processo aberto por Alexandre de Moraes.
Patrícia disse a OAB tem que ser firme na proteção da defesa dos direitos dos advogados.
Para ela, estes direitos, que são prerrogativas e não são privilégios, são condições para o livre exercício profissional do advogado.
“Os advogados não tinham acesso aos autos para saber o fundamento daquela decisão. Se eu não sei o fundamento, não tenho me como recorrer dela. Uma vez que saiba o fundamento, estando certo ou errado, existem os recursos judiciais normais. Neste caso, a OAB não tem o que intervir. Agora, o advogado tem que ter acesso a essa decisão para saber no que vai recorrer. Esse livre exercício profissional tem que ser diariamente garantido pela OAB, não só nos casos midiáticos, que envolvem pessoas importantes e no STF, mas também nos casos do cidadão comum e do advogado de uma pequena comarca, como em Monte Aprazível, que pode ter sua prerrogativa violada e a OAB tem que ser muito forte na proteção dessa prerrogativa”, disse Patrícia.