Prefeito Márcio Miguel teve seu celular clonado; pediu para desconsiderem as mensagens – foto Lucas Ribeiro
No Brasil os governantes têm o hábito de dizer que investem milhões de reais em saúde. Pelo contrário, o investimento é feito na doença e no tratamento. Investimento em saúde, salvo melhor juízo, é investir mais (isso já feito nas unidades de saúde) em programas de combate a obesidade e alta pressão arterial, com atividades físicas e etc, isso é investir na saúde.
Dito isso, os prefeitos de Monte Aprazível, pelo menos nos últimos 20 anos, fizeram altos investimentos – ou gastos, como queiram – comprando milhões de frascos e comprimidos de medicamentos.
Na última compra realizada e homologada na última sexta-feira (02), foram licitados R$ 4 milhões em medicamentos (R$ 4.063.649,70). A Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) tem mais de 200 tipos de medicamentos.
Além disso, a prefeitura tem uma espécie de farmácia paralela. Quando o medicamento não estiver na lista, com a receita médica, a prefeitura fornece, comprando de farmácias. Suplementos alimentares e fraldas também estão no pacote de auxílio. Antes que alguém questione, ninguém é contra tudo isso.
Medicamentos mais caros, como o canabidiol e outros, que ultrapassam os milhares de reais a caixa ou tratamento, as famílias buscam na justiça o direito de receberem o tratamento, seja da prefeitura, seja do estado.
A pandemia empurrou para o serviço público muitas famílias, que antes usufruíam de plano de saúde e recursos para comprar medicamentos e hoje, se amontoam nas filas das unidades de saúde.
Vez ou outra se vê nas redes sociais reclamações de falta de medicamentos. Um farmacêutico da rede municipal desabafou. “Faltou AAS no Brasil inteiro. Essas pessoas que reclamam, na maioria dos casos, têm condições”, disse.
Mudanças
Aos poucos o presidente da Câmara Marcos Batista (PV) começa a colocar seu estilo de trabalho no dia-a-dia do legislativo e uma das medidas é disciplinar, algo já previsto no regimento interno da câmara.
Segundo o vereador, o prazo para vereadores e prefeitura apresentarem proposituras se encerra na segunda-feira, véspera das sessões. Proposituras que chegarem no dia da sessão, terão que aguardar 15 para serem votadas.
A exceção, segundo o vereador, serão projetos urgentes do executivo, com assinatura de convênios que dependem de autorização legislativa e outros casos que se enquadrem na urgência.
Tradição
A mudança estabelece regras. Num passado não muito distante, projetos eram protocolados no final do expediente da câmara, as 16h59, do dia da sessão, com pedido de urgência especial, os vereadores analisavam rapidamente e colocavam e votação no mesmo dia.
Poupatempo
No meio político, o fato da nomeação do diretor do Poupatempo não ser uma indicação do prefeito Márcio repercutiu. Aliados e adversários, reservadamente, disseram que o prefeito tomou uma “bola nas costas”. Um deles chegou a dizer que Márcio dormiu com a obra concluída, sonhou no nome do possível nomeado. Acordou e ganhou de presente uma enxaqueca quando.
Clonaram
Na última sexta-feira (02) um comunicado nas redes sociais informava que o número de celular do prefeito Márcio Miguel (PSDB) foi clonado. Na prefeitura, não informaram como aconteceu o golpe e os possíveis prejuízos. Mais uma dor de cabeça para o prefeito. Na mensagem compartilhada nas redes sociais, pediu desconsiderarem o conteúdo que as providências estavam sendo tomadas.
