Pelo menos no discurso, os oito partidos que se reuniram recentemente, não querem ou não cogitam ter que caminhar com integrantes do grupo que elegeu o prefeito Márcio Miguel (PSDB). Até onde a vista alcança, o prefeito não tinha interesse direto na próxima disputa, mas, diante das jogadas no tabuleiro eleitoral, quer fazer um sucessor. Há nos bastidores uma movimentação para que assessores do prefeito e servidores mais próximos se candidatem a uma das nove vagas da câmara de vereadores.
Mais do mesmo
Dos oito dirigentes de partidos que se reuniram, pelos quatro estiveram na campanha de Márcio e Valmir em 2020. Gilberto, Renato, Gilberto Lemos e o próprio Valmir estavam no grupo. O União Brasil não participou da coligação, ficou livre, mas, integrantes do partido pediram votos para Márcio. As novidades, PSD, PL e Republicanos não participaram da eleição passada e deverão ser convidados para reuniões de outros grupos.
De casa nova
Renato Jubilato ainda não definiu em qual partido vai se filiar. Desde que seu mentor, Campos Machado saiu do PTB, Renato também deixou o partido que o elegeu o vereador mais votado em 2012 com 653 votos. Tem até quatro de outubro para decidir, já que os candidatos precisam se filiar um ano antes da eleição. À reportagem, ele disse que pode ir para o PSD ou Republicanos.
Emendas
Os vereadores Alexandre Faria (Migalha), Ailto Faria e Tiago Demonico, ambos do Progressistas, têm agenda com deputados na Assembleia Legislativa de São Paulo na próxima quarta-feira (13). Eles vão acertar a liberação de emendas para APAE e o Lar Vicentino, com o deputado Valdomiro Lopes (PSB).
Aliás, uma comitiva de vereadores da região deve bater ponto neste dia. O ex-prefeito Mauro Pascoalão (PSB), que é assessor de Valdomiro, agendou as visitas.
Saiu ou não??
A pergunta que se faz desde que foi anunciado o pedido de demissão da assessora de Saúde Juliana Alcazas, porque a prefeitura não desmentiu ou confirmou a saída. Quando se conversa com o alto escalão, uma parte confirma, outra não, e outra confirma, mas não com tanta certeza.
Se ela realmente não fosse sair, uma nota de duas linhas desmentiria o assunto e vida que segue. Um outro detalhe. Desde que assumiu, Juliana não gostava de falar com a imprensa. Até mesmo durante a Pandemia de Covid-19, delegou a tarefa a outras pessoas, mais técnicas, como ela classificou a este jornalista certa vez. No dia do fato, ela não atendeu ligações ou respondeu mensagens. Teve vários dias para responder e não o fez. Se quiser se manifestar, o espaço continua aberto.
Agora, porque ninguém se manifestou, ela ou prefeitura? Será que há algo mais sério ou estão tentando fazê-la mudar de ideia? A prefeitura, questionada, disse que não tinha o que dizer pois não havia saída. Pedimos uma nota oficial. Disseram não haver necessidade.
Comoção
Nas redes sociais, houve uma comoção geral com o anúncio da possível saída de Juliana. Até pouco tempo, políticos e o entorno do prefeito Márcio Miguel a consideravam um nome forte para uma disputa. Com as manifestações pró-Juliana, eles agora estão convictos. Basta saber se ela vai aceitar.
Estratégia
No meio político – inclusive próximo ao prefeito e alguns vereadores – já há quem considere a notícia de saída (ou não) uma jogada de marketing político. A possível saída fez o nome da assessora ser turbinado e o mais falado nos últimos dias. Parece que funcionou. Um vereador avalia que uma chapa com os nomes de Juliana e Diego Rossini pode dar jogo.
Põe na pesquisa
Diante desta turbinada no nome, um grupo político que encomendou uma pesquisa eleitoral vai colocar o nome de Juliana entre os prováveis candidatos a prefeitura. Seja na espontânea ou na estimulada, pode ser que a pesquisa capte este comportamento do eleitor.
Nomes para o cargo
Com a possível saída de Juliana, o prefeito Márcio Miguel deve buscar uma solução caseira para o cargo de assessor de Saúde até o final do mandato. Juliana assumiu a assessoria em 2019 quando o então assessor Luiz Sidinani deixou a pasta para se candidatar a vereador.
Nos bastidores, fontes do governo nem bem esperaram a cadeira esfriar e começaram especular nomes para assumir a pasta. Na bolsa de apostas, nomes como do provedor da Santa Casa Cesar Domingues, do próprio Luiz Sidinani, do servidor público Gustavo Rodrigues (filho do assessor de planejamento Orides Rodrigues – o Idão) da Nutricionista Luciana Quaresemim e braço direito de Juliana na assessoria, Cristiane Soares são especulados para o cargo.
Caso a saída de Juliana seja confirmada, o substituto deve ser anunciado nesta semana.
