Os vereadores Marcos Batista (PV) e José Carlos Chiavelli (PDT) estão conversando para um ter o apoio do outro para a eleição à presidência da Câmara de Monte Aprazível. Ainda não chegaram a um acordo.
José Carlos deve abrir mão da sua candidatura. Em caso de vitória, ele teria que se afastar do cargo que ocupa na Prefeitura. O vereador é presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e, apesar de ter um salário maior como presidente da Câmara, teria que abrir mão das vantagens que tem em seu salário de servidor público, como FGTS, dois anos sem contar tempo de serviço e recolhimentos para o INSS.
Em conversa com a Coluna Radar Político, José Carlos disse que todos estes prós e contras estão sendo analisados e sua intenção é manter seu grupo unido.
Em conversa com a coluna, Migalha disse que hoje há na mesa quatro candidaturas e tudo será definido no dia da eleição, no dia 20 de dezembro.
Quieto
Da mesma maneira que conquistou seus votos para eleição em 2020, com uma campanha silenciosa e cirúrgica, o vereador Marcos Batista também busca seus votos para se eleger presidente da Câmara.
Pouco fala sobre ela, mas tem conversado com seus colegas de casa desde o início do ano e amadurecendo sua candidatura a votos.
Caso José Carlos desista, com ele vai o voto de Luiz Sidinani. Na eleição passada, Luiz foi candidato e teve o voto de José Carlos.
Em busca de união
No Progressistas, a história é mais complicada. Dos três vereadores que podem se candidatar (Ailto Faria, Tiago Demonico e Luiz Sidinani), dois confirmam a coluna que colocarão seus nomes à prova: Ailto e Tiago.
Migalha, que é do partido, é o atual presidente e não pode se reeleger, tenta costurar uma candidatura única para não rachar o partido. Até o momento, ainda não conseguiu.
A avaliação de observadores da política local é que se Tiago e Ailto mantiverem suas candidaturas, o grupo ficará divido e os dois podem ficar a ver navios.
O que eles dizem
Ailto disse que está buscando uma candidatura independente e sem interferência do prefeito.
“Vão compor a chapa comigo pessoas que realmente querem valorizar a câmara e mostrar o que é o legislativo, uma entidade independente. Eu sempre busquei valorizar o legislativo. É meu perfil de trabalho. Sou um cara correto e quero pessoas que pensem como eu. Se eu não conseguir cinco votos dessa forma, não tem problema. Vou lançar minha candidatura somente com meu voto”, disse Ailto.
Já o vereador Tiago, disse que está conversando com os outros vereadores e até dia 20, é candidato e vai depender dos outros que lançaram suas candidaturas.
“Precisamos chegar em um acordo. Ser presidente é um desejo de todo mundo. Sou novo na política, quero aprender e saber como funciona a presidência da câmara. Cada um tem o seu ponto. Respeito a opinião de todos, que querem sair candidato. Se todo mundo sair, então, ninguém vai votar”, disse Tiago.
Marcio e Paiola
Há quem diga que Marcio teria uma tendência em apoiar Donaldo Paiola. Eles foram vice e presidente, respectivamente, da APLACANA e tiveram um bom entrosamento.
É bom lembrar que Câmara e Prefeitura são poderes independentes e harmônicos e a proximidade demais pode gerar ruídos, bons e ruins.