Retroagindo
Na última reunião dos vereadores, da Câmara de Monte Aprazível, o vereador José Carlos Chiavelli (PDT) informou que o Departamento Pessoal da Prefeitura está exigindo dos servidores marquem em uma planilha, de papel, as horas extras trabalhadas.
Acontece que desde 1º de abril, o ponto dos servidores voltou a ser registrado no relógio digital, através da biometria. “Se ele faltou ou fez horas-extras, as informações estão todas ali. Agora querem que façam anotação em planilha, retroagindo tudo que foi feito? Acho totalmente desnecessária”, disse José Carlos.
Espelho meu
Não foi José Carlos que questionou os procedimentos do Departamento Pessoal da Prefeitura. Na mesma sessão, Luiz Sidinani (PP) soltou o verbo e questionou Loy Anderson, responsável jurídico departamento. Sidinani, que também é servidor público cobrou a entrega do espelho de ponto, antes de receber o pagamento.
“De repente, você (servidor) fez uma hora-extra ou faltou. Nunca vi receber o espelho depois que recebe o salário. Já recebeu errado não tem jeito de reclamar e ser corrigido. Isso vem errado desde a época do Wanderley Sant’Anna, quando implantou”, disse Luiz.
Sabem com quem está falando 1?
Sidinani também cobrou, do departamento, mais respeito com todos os servidores. Ele se queixou do tratamento dos servidores, inclusive com ele, sendo vereador e com alto cargo na administração.
“O funcionário tem que ser respeitado no RH, coisa que não é muito. Acho que deve melhorar os esclarecimentos quando o funcionário vai pedir. As vezes vai um coitado e humilde ali, eu seu do jeito que é tratado. Se eu, que sou vereador e tenho um cargo melhor, sou tratado com um pouco de descaso, imagina o coitado e humilde, que trabalha nos serviços gerais”, disse Luiz.
Melhora no atendimento
O vereador Tiago Demônico (PP) também cobrou que os servidores atendam melhor a população, principalmente nas unidades de saúde.
“As vezes eles (atendentes) pensam que estão tratando com porcos, galinhas ou até mesmo com as próprias mães, pois a forma que eles tratam os mais simples, é muito feia”, disse ele na tribuna.
Sabem com quem está falando 2?
Tiago contou que sua mãe teve um problema em uma unidade de saúde. A ficha de atendimento dela não foi encontrada ou perdida e ela não poderia ser atendida. Nervosa, segundo Tiago, ela relatou que “quando meu filho fala, vocês acham ruim, que ele fala demais”. Perguntaram então de quem se tratava, ela respondeu que era mãe do vereador. Depois disso, sem ficha, eles a atenderam, “porque ela é mãe do barraqueiro”, disse Tiago.
Pede pra sair
“É muito feio isso. Imagina quantas mães humildes são maltratadas todos os dias. Se não está contente saia, dá lugar para quem quer trabalhar. A população não é fácil. Tem muita gente cheia de mimimi e fala demais. Só que estes funcionários precisam ter carinho e empatia pelo próximo”, disse Tiago.
Marcos Roberto
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