RADAR: VEM AÍ o Centenário; TRE-SP julga registro de Camargo

Passada a euforia do Monte Aprazível Rodeio Festival, o departamento de eventos da prefeitura volta suas atenções para Festival do Centenário do Município, marcado para acontecer nos dias 19, 20, 21, 22 e 23 de dezembro.

Data
Segundo uma lei estadual de 23 de dezembro de 1924, as terras de Monte Aprazível foram desmembradas do município de Rio Preto, transformando o distrito de paz em Município. A instalação só veio a acontecer em 10 de março de 1925.

Shows
Na última noite do MARF, o prefeito Márcio Miguel anunciou os shows para o centenário: Lauana Prado, Mateus & Kauan, Daniel, Alexandre Pires. A quinta atração o prefeito disse ser uma surpresa, mas um fonte palaciana disse que há a grande possibilidade de ser o Padre Fábio de Melo. Até o início da festa, os valores dos cachês que serão pagos aos artistas serão divulgados via Diário Oficial. Na última quinta-feira (7), foi publicado o cachê do cantor Daniel: R$ 425 mil.

Precisa?
Há quem diga na própria administração do prefeito que a comemoração (ou o tamanho dela) seja desnecessária. Alguns até questionam o porquê da intenção (mais da festa que da lembrança da data, que deve ser festejada) e se ela mudaria a data do aniversário que a população já está acostumada a comemorar, que é o 10 de março.

Dezembrão
Apelidado de dezembrão, o Festival do Centenário do Município terá o formato parecido com o do Juninão, onde as entidades assistenciais do município estarão à frente das barracas da praça de alimentação.

Livro
Além do evento, um livro contando a história do município está sendo escrito. A licitação prevê um custo mínimo R$ 62 mil para produção, pesquisa, diagramação e impressão de cerca de 700 cópias do documento.

Julgamento
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) iniciou na última quinta-feira (7) o julgamento do recurso de Cesar Domingues e do Ministério Público contra a decisão da juíza Kerla de Castilho que deferiu o registro da candidatura de João Roberto Camargo, prefeito eleito de Monte Aprazível no último dia 6 de outubro.

O relator do caso, desembargador Cotrin Guimarães, votou pela rejeição do recurso. Ele alegou que o valor de R$ 11 mil, excedido por Camargo nas eleições de 2020 não foi suficiente para afetar o equilíbrio e a lisura das eleições.

“Foi excedido do ponto de vista legal mas outros elementos terão que se somar para analisar essa questão concreta, o risco a normalidade das eleições. Tem um terceiro elemento que que não pode ser visto separado que é a questão do princípio da própria soberania do povo e eu somo a esses elementos que eu já mencionei”, disse o desembargador.

O juiz Régis de Castilho, que integra a turma que julga o caso, pediu vistas no processo. Não há data para retomada do julgamento.

Usado
A prefeitura lançou edital para comprar um ônibus, usado, de ano de fabricação não inferior a 2019, ou seja, com até cinco anos de uso. Não se sabe para qual finalidade, mas é provável que seja para o transporte de pacientes da saúde.

No orçamento deste de 2024, aprovado no ano passado, os vereadores destinaram, através de emendas impositivas, recursos para compra de um ônibus zero quilômetro. Caso os recursos não fossem suficientes, o prefeito poderia completar.

Parceiros
Ao discursar no rodeio, o prefeito Márcio Miguel (PSD) falou das dificuldades passadas por ele neste ano para realizar as festas e agradeceu apoio os vereadores Donaldo Paiola (União Brasil), Luiz Sidinani (PSD), Hélio Poloto (União Brasil) e João Carlos Ferreira (PSD), seus fiéis escudeiros.

As dificuldades que o prefeito cita começaram em 2023 na aprovação do orçamento de 2024, quando os vereadores retiraram R$ 2 milhões que estavam previstos para festas e destinaram para outras áreas. Depois ele tentou remanejar estes recursos, via projeto de lei, e não conseguiu.

Defesa
Com a rejeição e a grande repercussão negativa, os vereadores que foram contra o projeto de Márcio que retirava recursos da saúde para a realização de eventos disseram que o prefeito realizaria as festas independente da Câmara aprovar ou não. Um deles foi o agora vice-prefeito eleito Ailto Faria (Progressistas).

Talvez se Câmara e Prefeito tivessem estabelecido um diálogo permanente, teríamos o Juninão, rodeio e tantas outras festas neste ano. Na política, diferente da vida, quando um não quer, dois brigam.

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